fevereiro 20, 2009

Olá pessoal!

Estava lendo o post do Medo B de hoje (um post muito bom! confiram) e me lembrei de um filme não muito recente, que ví a pouco tempo, e vim deixa-lo como dica aqui para vocês.

O Labirinto do Fauno é um conto de terror para adultos (não no sentido sexual da palavra rs), do grande diretor Del Toro. Quando assistí fiquei impressionado com o filme que é belo em diversos aspectos e consegue te prender do inicio ao fim.

Para mim o filme é simplismente maravilhoso.

Aqui deixo um texto divulgado no UOL Cinema, que fala do filme.

Confirma-se o talento do diretor mexicano Guillermo del Toro neste filme premiado com Oscars de direção de arte, fotografia e maquiagem. Foi ainda indicado para os prêmios de trilha musical, roteiro e filme estrangeiro. Sem dúvida é sua obra-prima, depois de uma carreira basicamente em filmes de terror ou fantasia (como "Blade 2", "Hellboy", "Mimic/Mutação" e o semelhante "A Espinha do Diabo"). Assinando como produtor, roteirista e diretor, Del Toro conseguiu realizar um filme muito violento e muito original, fazendo um paralelo entre a cruel realidade de uma guerra civil e o mundo imaginário de uma criança. O vilão é um oficial franquista (muito bem feito por Sergi López, que é radicado na França e mais conhecido por comédias) que recebe a visita da mulher grávida (Ariadna Gil) e sua filha do casamento anterior, a menina Ofélia (Ivana Barquero). A garota acredita em fadas e tem uma imaginação fértil. O filme sempre deixa a porta aberta para a possibilidade de tudo aquilo ser fruto de sua imaginação e de seus medos. Quando acha que foi contatada por uma fada, vai ao encontro de um fauno que lhe diz que ela pode ser a filha de um rei do mundo Interior (vejam o duplo sentido) e que precisa passar por três provas. Fazendo belo uso de efeitos especiais, maquiagem e cenografia elaborada, o filme mescla as duas situações -- a menina tentando cumprir as tarefas enquanto a mãe passa mal e as intrigas e problemas que cercam o lugar (os guerrilheiros estão na montanha e são ajudados por uma empregada doméstica do lugar, interpretada por Maribel Verdú, de "E Sua Mãe Também"). Difícil não se emocionar com a história, com a habilidade com que Del Toro mescla os dois mundos, fazendo uso preciso dos momentos de choque e violência, sem cair em excessos. Ao contrário, tudo é muito bem narrado, com poesia, delicadeza e sem concessões a finais felizes. É um filme muito forte e talentoso, um conto de fadas e de terror, dos mais interessantes dos últimos tempos.

PS: Um bom carnaval a todos!

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