agosto 01, 2009



Terça-feira.

Minha desgraça começou nesse dia, quando voltei da selva amazônica. Eu havia ido ao Pico da Neblina (mais um que escalava essa montanha imponente) e passei, depois, quatro dias na região de Maturacá, a alguns quilômetros de uma cidade chamada de São Gabriel da Cachoeira, no extremo norte do país.

Adorei estar naquela região inóspita, selvagem e lotada de animais exóticos.

Agora, eu estava em casa, onde moro sozinho, pronto para um merecido descanso, após quinze dias de aventura.

Oh, eu dormia!

No entanto...

Pensei que estava sonhando, ao sentir que alguma coisa passeava por cima do meu rosto. Pés diminutos, ásperos e incômodos. Um corpo sobre o meu!

Que nojo!

Não acordei. Tentei afastar aquela entidade com a mão direita.

Talvez eu tenha tocado em algo!

O certo é que os pés ásperos sumiram.

***

Quarta-feira.

Um dia cheio, em que dei entrevistas, malhei e voltei ao meu trabalho como publicitário.

Depois, eu dormia no meu quarto suntuoso.

E aí...

Novamente alguma coisa em meu rosto.

Os malditos e chatos pés! Seriam mesmo pés? Ou não?

Mas eu não conseguia acordar! Não conseguia abrir os olhos!

Com a mão direita afastei a criatura.

Voltei a dormir com tranqüilidade.

***

Quinta-feira.

Um dia comum. Trabalhei, malhei, fui ao shopping e combinei de ir, com amigos, a um clube, sábado, para me divertir um pouco.

À noite, pensei naqueles malditos pés.

Antes de deitar, eu havia efetuado uma busca pelo quarto. Não sei o que esperava encontrar. Talvez um bicho esquisito e mongolóide? Com certeza não.

Nada encontrei e pude continuar com meu sono.

Duas horas depois, os pés diminutos apareceram.

Horríveis! Indecentes! Nauseabundos!

Passeavam maliciosamente por sobre meu rosto.

Tentei acordar... sem sucesso.

O que estava acontecendo?

Mais uma vez minha mão direita agiu, livrando-me da criatura.

Seria um animal?


Curioso?? então leia a continuação!!

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